Domingo, 16 de Setembro de 2007

Aquilo que EU vi no 13-3-13-D-14

 

LPFPBwin.com Liga

 

4.ª JORNADA 2007/08

 

Sport Lisboa Benfica

Associação Naval

1º de Maio

Sport Lisboa e Benfica

X

Associação Naval 1º de Maio

3

0

23' - Cristián Rodriguez

35' - Rui Costa

52' - Nuno Gomes

 

Árbitro: Rui Silva [AF Vila Real]
Assistentes: Vítor Carvalho + Álvaro Mesquita

15-Setembro-2007 às 21:15

Assistência: 34.713 espectadores


SLB x Naval 1º Maio

 
NAVAL

Taborda; Mários Sérgio, Paulão, Gaúcho e China; Delfim, Godemeche; João Ribeiro, Davide e Wandeir; Elivelton.

 

SUPLENTES: Rodrigo Café, Dudu, Igor, Marcelinho, Hugo Santos, Saulo e Diego.

TREINADOR: Francisco Chaló

 

O que EU vi no 13-3-13-D-14

 

BENFICA

O Benfica jogou muito bem durante uma hora; os primeiros e os últimos 15' são a excepção. Nos primeiros 15' o Benfica teve alguma dificuldade perante um adversário muito fechado e muito organizado no seu meio campo,... depois quando conseguiu assimilar tácticamente a cultura do sistema implementado por J. A. Camacho (4x2x3x1), "arrancou" para uma boa exibição, e com uma dinâmica atacante muito boa, a "transformar-se" rápidamente num 4x4x2, com boa circulação de bola, e alguns jogadores (Rui Costa e Di Maria) mais soltos a baralhar as marcações. Nos últimos 15' minutos, os jogadores tiraram o pé do acelerador a pensar já no jogo contra o Milan e, assim se notou um ascendente do adversário, que poderia ter reduzido a vantagem. Ao Benfica valeu Quim e os postes. Quim não é titular da baliza do Real Madrid, mas também não precisa porque neste momento deve estar a perguntar, - "Butt" para o banco? ... Ricardo!!!
O Benfica acabou por derrotar a Naval por 3-0, com Rui Costa em grande plano, autor do segundo golo encarnado e o mais espectacular do jogo. O Benfica foi sempre a equipa mais forte dentro das quatro linhas, apesar da Naval ter enviado duas bolas aos postes, a última delas já durante os descontos.
O efeito-Camacho começa verdadeiramente a fazer notar-se em campo.
O treinador do Benfica manteve a estrutura principal da equipa relativamente à forma como terminou o jogo contra o Nacional da Madeira, no entanto operou algumas alterações; tendo como novidade o lançamento de Edcarlos e Cristián Rodriguez no onze inicial e deixando Cardozo no banco.
José António Camacho disse não ter gostado dos primeiros e dos últimos 15'; Eu também não.
José António Camacho disse ter gostado e assistido a grandes momentos de futebol; Eu também.
José António Camacho ainda tem que afinar alguns pormenores, mas do 13-3-13-D-14 já estou a gostar um pouco mais daquilo que vejo.

 

Naval

Francisco Chaló arrumou a equipa de forma sólida e organizada, sabendo que a pressão inicial do Benfica ia ser grande, como tal era necessário "travar" o jogo do Benfica e tentar o contra-ataque. A estratégia durou 15' e depois de sofrerem o golo, já em desvantagem, ficaram à espreita de um erro para causar perigo. Nos momentos finais do jogo o atrevimento foi interessante sobretudo numa equipa com razoáveis argumentos, (Saulo e china) e com algum futebol.

 

"Análise aos jogadores"

 

Quim - Foi chamado ao jogo nos últimos 15'; primeiro anulou uma recarga de Saulo, após um remate de China à trave; seguiu-se nova parada a bomba de Delfim; e por fim um instinto felino a negar o golo a Mário Sérgio, tudo isto em cima do minuto 90’+4’. Antes disso, já havia demonstrando bons reflexos para deter uma iniciativa de João Ribeiro (60’) e desviado, para a trave, um petardo de Hugo Santos (80’), até ai tinha feito uma defesa "apertada" aos 49'. Foi Real... mente muito grande na ponta final do jogo, contribuindo para alcançar um dos objectivos de J. A. Camacho; não sofrer golos, o camisola 12 mostrou que atravessa um excelente momento de forma.

Luís Filipe - Demasiado previsível na abordagem aos lances, por vezes dá a sensação de estar alheado dos acontecimentos. Numa primeira parte sem “trânsito” na sua faixa, aproveitou para subir (pouco) pelo seu flanco e, num desses lances (35’), assistiu Rui Costa para o 2-0. Porém, tal foi uma excepção à regra de pouca eficácia ofensiva que demonstrou no jogo de ontem. No segundo período, sentiu sempre muitas dificuldades perante o jovem João Ribeiro.

Edcarlos - Acusou algum nervosismo nos minutos iniciais, no dia em que se estreou com a camisola do Benfica. Foi ganhando tranquilidade com o decorrer do tempo, muito por “culpa” do pouco atrevimento ofensivo dos homens mais adiantados da Naval, mas também em virtude do andamento do resultado. Notou-se a preocupação em jogar simples, escutando sempre os conselhos de “Katso”.

Katsouranis - É o tipo de jogador que qualquer treinador gosta de ter na sua equipa. Sóbrio, inteligente, joga sempre em prol do colectivo. Ontem, comandou o sector defensivo com serenidade, aproveitando, sempre que possível, para tentar lançar os jogadores mais adiantados.

Impecável, transmitiu tranquilidade ao estreante companheiro do eixo defensivo.

Léo - O lateral esquerdo do Benfica é inteligente a interpretar o jogo, recorrendo às suas características em função do momento em questão. Ora na antecipação, ora esperando pelo adversário, Léo ganhou quase todos os duelos travados, com o “pormenor” de ficar detentor da bola e entregá-la sempre em boas condições aos colegas. Saulo bem tentou confundir-lhe as voltas, mas Léo não lhe deu qualquer hipótese. Algumas horas antes do jogo, diziam-me (o meu compadre) que Léo é um jogador médio não tendo sequer uma referência para comparação; pois bem eu acho que Léo é a referência no campeonato Nacional.

Petit - Lesionou-se com gravidade no joelho direito (75’) e é uma baixa importante para os próximos jogos, o que deixa o Benfica órfão de uma unidade fulcral. Olhando para o meio-campo que ontem alinhou de início (Petit, Rui Costa, Maxi Pereira e Rodríguez), o camisola seis é o único com características de recuperador, prestando-se a um trabalho exaustivo naquela zona do terreno. Ontem, além dessas funções, ainda tentou o golo por duas ocasiões: aos 29’, cabeceou ao lado e, aos 59’, tentou um golo monumental, pouco depois do meio-campo, mas o pontapé saiu com a direcção errada.

Rui Costa - O “maestro” deu um recital na Luz, o camisola dez brindou a plateia do seu Benfica com uma exibição de gala. Marcou um golo magistral (35’), num lance que iniciou a meio-campo e no qual surgiu a concluir na pequena área; isolou Di Maria por duas ocasiões; e esteve no lance do 3-0. J. A. Camacho até lhe pediu para baixar o ritmo, mas o futebol do “maestro” não é dado a poupanças. O Benfica sempre teve o "Rei" Eusébio, Itália (Florença) teve o "príncipe" Rui Costa, mas eu acho que na grandeza do Benfica cabem dois "Reis" e Rui Costa é por nós de tal forma idolatrado, que numa pausa do jogo (75'), o público levantou-se só para ovacionar o seu camisola 10, com o mesmo a corresponder com palmas, vénias e "saltos" numa interacção com o público que "registou" um momento memorável e fantástico,... só no Estádio.

 

Cristián Rodriguez - Estreou-se a marcar pelo Benfica, com um remate seco e colocado à entrada da área. “Cebola” já faz chorar os adversários, não pelos dribles ou fintas, mas muito à custa de um estilo de jogo endiabrado, rápido, que lhe valeu ainda a participação no 2-0 e a assistência para o 3-0, apontado por Nuno Gomes, (marcou o primeiro aos 23'). Promete fazer chorar ainda mais e fazer estragos nas equipas adversárias. Foi o melhor jogador em campo.

Maxi Pereira - Lutou bastante, tentou combinar com Nuno Gomes e Rodríguez, mas raramente o fez da melhor forma, é forte tácticamente,... mas não mais do isso.

Nuno Gomes - Voltou aos golos, seis meses depois !!!. A última vez que marcara fora na Vila das Aves, a 3 de Março. Aos 53’, elevou-se na área da Naval cabeceando para o fundo da baliza de Taborda. Lento a "arrancar" para a bola e preso de movimentos, sempre escondido atrás dos adversários e com tantos espaços vazios a "pedir" desmarcações,... enfim, esteve ao seu nivel.

Di Maria - Muito rápido, criou várias dificuldades aos adversários, mas por três ocasiões surgiu isolado no ataque, numa delas até ludibriou Taborda, mas demorou sempre muito tempo a decidir o que fazer com a bola, acabando anulado pelos defesas, demonstrando algum "cansaço" e falta de descernimento.

 

Romeu Ribeiro - Rendeu Petit e pode muito bem ser uma opção de Camacho para substituir o mesmo. Limitou-se a cumprir.

Fábio Coentrão - Algumas iniciativas pelo flanco direito.

Nuno Assis - Procurou dar frescura ao meio-campo.

 

"Melhor jogador em campo"

 

Cristián Rodriguez - A estreia absoluta na equipa principal como titular, valeu-lhe um golo e a participação nos outros dois. Correu muito, cortou muitos lances comportando-se como o "primeiro" defesa sempre a pressionar o adversário logo no seu meio-campo, na posse da bola procurou jogar sempre com os companheiros, esteve muito activo durante o jogo, e como exemplo, ficou uma jagada aos 65' minutos quando em tabelas sucessivas "passou" o campo todo desde o seu flanco esquerdo até ao lado direito desmarcando depois Di Maria que não deu o melhor seguimento à jogada.

Podia ser também Rui Costa ou Quim o melhor jogador em campo, mas de facto "cebola" foi o elemento mais importante a fazer as transições (rápidas) da bola defesa-ataque e fundamental na dinâmica ofensiva da equipa. Explosivo.

 

"Árbitro do jogo"

 

Rui Silva - Deu-se bem com os ares da Luz, o Economista de profissão, este transmontano, de 28 anos, não precisou de fazer muitas contas nesta sua estreia em 2007/08 na Bwin Liga e primeira ida à Luz. Os jogadores não o obrigaram a decisões de elevado grau de dificuldade, e ele correspondeu da melhor forma. Aliás, Petit e Di María, por sinal, até poderiam tê-lo levado ao engano (12' e 28') com duas quedas duvidosas, o juiz esteve bem em ambas as situações embora no momento e no 13-3-13-D-14 tenha ficado com a sensação que havia motivos para grande penalidade. Disciplinarmente, esteve bem ao exibir amarelos a Di Maria e China – embora o pudesse ter feito também a Maxi Pereira.

Na época anterior 2006/07 "apitou" três jogos na liga principal do campeonato, em nenhuma ocasião apitou jogos do Benfica.

Arbitragem positiva.

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